Essa
não foi a única vez em que Camelo e Amarante deixaram seus nomes perto aos de
outros artistas renomados, os álbuns “Bloco do Eu Sozinho e “Ventura” são
exemplos fortes disso, sendo uns dos melhores da música brasileira.
Leia:
São
muitos os que conhecem grandes artistas pelo nome, mas o número dos que sabem
afundo ou já ouviram, diminui de forma assustadora - principalmente quando se
trata de nomes menos populares - grande parte das pessoas não conhecem. Então, baseada
nessa seleção, farei um breve relato de alguns que nela estão (não
necessariamente na ordem), destacando aquilo que sempre tomei como verdade: Los Hermanos está diretamente ligado à criatividade e
riqueza melódica, responsável também por direcionar os fãs/admiradores de seu
trabalho a muitas outras personalidades importantes para música.
Tom Jobim e Vinicius de Moraes
Vinicius (o poetinha) foi parceiro de
grandes artistas, tais como Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto,
Chico Buarque e Carlos Lyra.
Mas a grande marca para a música popular brasileira seria através da parceria entre ele e Tom.
É difícil destacar as obras e impossível fazer uma homenagem à altura desses dois. A importância de ambos para a cultura brasileira e a influência sobre todas as novas gerações da MPB é incontestável.
A forma com que agregaram a literatura, o teatro, cinema, música... Não deixaram Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim irem juntos às suas datas de falecimento (9 de julho de 1980 e 8 de dezembro de 1994, respectivamente). Pois, permanecerão intactos na história de todas as áreas em que contribuíram.
Mas a grande marca para a música popular brasileira seria através da parceria entre ele e Tom.
É difícil destacar as obras e impossível fazer uma homenagem à altura desses dois. A importância de ambos para a cultura brasileira e a influência sobre todas as novas gerações da MPB é incontestável.
A forma com que agregaram a literatura, o teatro, cinema, música... Não deixaram Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim irem juntos às suas datas de falecimento (9 de julho de 1980 e 8 de dezembro de 1994, respectivamente). Pois, permanecerão intactos na história de todas as áreas em que contribuíram.
João Gilberto
e a bossa nova...
A chamada bossa nova, surgida no fim
da década de 50, tal como o choro, quase um século antes, não constituiu um
gênero de música, mas uma maneira de tocar. (...) surgiu um baiano que se
acompanhava ao violão com uma batida de bossa realmente nova. Esse baiano de
Juazeiro chamava-se João Gilberto (...) chamava a atenção com improvisos dentro
da sua invenção de acordes compactos. (...) seria reconhecido pelo Maestro
Antônio Carlos Jobim quando, ao escrever a contracapa do long-playing
denominado Chega de Saudade (Odeon MOFB 3 073) – o primeiro com produções
estilo bossa nova -, referiu-se a ele dizendo: “Em pouquíssimo tempo
influenciou toda a geração de arranjadores, guitarristas, músicos e cantores”.
Trecho extraído do livro: Pequena
História da Música Popular, de Jóse Ramos Tinhorão.
Ouçam então a música “Chega de Saudade”,
pelo “chorão”: Jacob do Bandolim (que também está na lista dos 100 maiores).
Chico Buarque
ainda na bossa nova...
Saía pela Odeon o compacto simples de João Gilberto trazendo no lado B "Bim bom", de sua autoria, e no lado A "Chega de saudade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, que daria nome ao revolucionário LP de 1959. Era a Bossa Nova, estilo que até hoje, 51 anos depois, influencia músicos em todo planeta. Chico era, então, um adolescente.
Nascido no Rio de Janeiro em 19 de junho de 1944, Fracisco Buarque de Hollanda foi o quarto filho dos sete que o historiador Sérgio Buarque de Hollanda teve com Maria Amélia Cesário Alvem. (...)
Embora Chico afirme em diversas entrevistas que a atração pela literatura é anterior ao gosto pela música, um fato chama atenção: antes de partir para Roma, deixou para a avó um bilhete, de uma crueldade ingênua, só permitida às crianças: "Vovó Heloísa. Olhe vozinha não se esqueça de mim. Se quando eu chegar aqui você estiver no céu, lá mesmo veja eu ser um cantor do rádio."
São dessa época suas primeira aventuras musicais .
(...) Na Itália, Chico estudou em escola americana (...) De volta a São Paulo, cursou o colégio Santa Cruz (...) ali escrevia contos e crônicas no jornal escolar Verbâmidas. A experiência levou-o a acreditar que um dia seria escritor. Mas o LP Chega de Saudade adiou esse sonho por alguns anos. A batida inconfundível de João Gilberto, com seus acordes econômicos, o arrebatara para música.
(...) A forma intimista da Bossa Nova, com apenas um banquinho e um violão, sem a necessidade de um vozeirão impostado, facilitava a vida de que desejasse se aventurar por esse caminho.
Trecho extraído do
livro: Chico Buarque - Histórias de Canções
Chico é reconhecido
por incontáveis músicas, tendo uma obra vasta e parceria com grandes nomes da
MPB. É uma verdadeira lenda da música ainda viva.
Deixo aqui uma das
músicas mais conhecidas de seu repertório:
Roda-Viva
Nome dado a uma peça escrita pelo Chico.
A música obteve o terceiro lugar no III Festival da Música Popular Brasileira da TV Record (setembro e outubro de 1967).
Assista:
Ouçam também a música "Carolina" (1967), interpretada por Jacob do Bandolim, Elizeth Cardoso e Conjunto Época de Ouro (1968).
Jacob do Bandolim
um dos mestres do Choro!
Noel Rosa
.
Até
então o que mais citei foi a famosa "Bossa Nova", mas o que nem todos
sabem é que essa existe pelo menos desde o iníio da década de 30 e foi citada
pela primeira vez em uma música do sambista Noel Rosa, "Coisas Nossas",
leia o trecho:
" O samba, a prontidão
E outras bossas,
São nossas coisas,
São coisas nossas..."
E outras bossas,
São nossas coisas,
São coisas nossas..."
Mas antecedente à então Bossa
Nova, é o samba! E de samba Noel Rosa era "bacharel". Esse poeta da
Vila Isabel compôs obras imortais, tão belas que não são inerentes a pouca
idade e o prazo curto de vida que esse grande gênio teve.
Noel não é assunto pra poucas
linhas e é uma ousadia querer resumir toda a história e citar a contribuição
que esse malandro deu para a música. Sendo assim, deixo o filme "Noel - O
Poeta da Vila", para quem quiser (e eu recomendo) conhecer um pouco mais sobre ele:
E ouçam uns dos sambas que mais aprecio
desse grande compositor:
E a famosa "Dama do Cabaré". Música
que Noel fez para Ceci - poderão conhecer melhor vendo o filme que deixa acima.
Essa música que disponibilizei no "soundcloud" fez parte da seleção
das "10 canções obrigatórias para entender o samba" (veja aqui).
Gravada pelo cantor das multidões, Orlando Silva, um dos maiores intérpretes da era do rádio e que está também presente na lista dos ''100 maiores'', merecidamente.
Gravada pelo cantor das multidões, Orlando Silva, um dos maiores intérpretes da era do rádio e que está também presente na lista dos ''100 maiores'', merecidamente.
Mais um também gravado pelo Orlando Silva e dessa vez cantado por Rodrigo Amarante, assistam:
Ary
Barroso
Compositor
de sambas maravilhosos, tais como “Aquarela do Brasil” e o polêmico “Foi ela”,
lançada
em janeiro de
1935. Ary foi acusado de plagiar o tango argentino com essa composição.
Ouçam, interpretada pelo "Rei da Voz", Francisco Alves (outro que também faz parte da seleção dos 100 maiores:
Mário Reis e Francisco Alves
Ouçam
um samba gravado pela parceria dos dois:
Agora, na voz de Francisco Alves (Rei da Voz), o samba "Vivo deste amor", de uma das duplas que mais marcaram a música popular brasileira: Bide e Marçal.
Interpretado por Mário Reis e Diabos do Céu, um dos sambas mais belos que já existiram, também da dupla Bide e Marçal. Ouçam o "Agora é Cinza".
Ismael Silva
Esse
bamba do Estácio de Sá foi um dos fundadores da primeira escola de samba do
Brasil, "Deixa Falar" (1928). Sua importância para a história do samba
é incontestável.
Ouçam um samba da parceria de Ismael Silva, Nilton Bastos e Francisco Alves, na voz de Cristina Buarque:
Lupicínio Rodrigues
"No meu enterro
não quero ninguém chorando. Não quero isso no meu velório. Quero todo mundo
cantando "Se Acaso Você Chegasse". Este pedido, Lupicínio fez à sua
esposa, quando pressentiu que teria poucas horas mais de vida."
Ouçam:
Pixinguinha
mestre do choro...
Um
dos maiores e mais importantes músicos brasileiros. Pixinguinha é outro difícil
de descrever. Em sua homenagem, o dia 23 de abril (seu aniversário) é tido como
o dia nacional do choro.
Além
do choro “Naquele Tempo”, deixarei também um “link” para quem quiser conhecer
um pouco mais sobre esse grande mestre! Encontrei em um Blog maravilhoso, essas palavras ditas pelo Walter Firmo, fotógrafo que nos deu a foto mais conhecida
de Pixinguinha. Vale a pena conferir:
Cartola
divino
Cartola...
"Por Toda
Minha vida"
Assistam:
Assistam:
Nelson Gonçalves
Samba na voz desse boêmio:
Chiquinha Gonzaga
Matéria
feita pelo site "estadao.com.br" no dia 11 de maio de 2012:
"A presidente Dilma Rousseff sancionou ontem lei que cria o Dia Nacional da Música Popular Brasileira, em 17 de outubro. A data foi escolhida por ser o dia do nascimento da pianista e regente Chiquinha Gonzaga (1847-1935), a primeira compositora popular do Brasil."
Agora,
por José Ramos Tinhorão, trecho retirado do livro: Pequena História da Música
Popular:
"Chiquina
Gonzaga – obrigada por necessidade a tocar em bailes populares ao lado de
chorões (...) tornaria os seus tangos muito mais aceitos pelo povo, como
aconteceu com o maxixe disfarçado de dança no corta-jaca
intitulado Gaúcho,
de 1897."
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