Ventura - Terceiro CD, 2003. |
“Ventura significa acaso, mas significa SORTE
também. Porque a palavra "Sorte", ela quer dizer "acaso ", não só boa sorte. Então,
nesse caso, Ventura pode significar risco, né? Ou acaso... e pode significar
fortuna que é a boa sorte. Então, essa é uma palavra que tem esse significado
amplo, que na síntese pode significar que pra se ter fortuna é preciso correr
algum risco”.
(Rodrigo Amarante)
Esse é o terceiro disco da banda, antes chamado de
"Bonança", mas devido a um imprevisto de ter sido o primeiro disco
nacional a ser disponibilizado na internet antes mesmo do lançamento oficial, o
nome foi substituído. Durante a produção, novamente foram para um sítio e teve
Kassin como produtor. Pra quem não sabe, Kassin também participou do primeiro
disco e com a saída do Patrick ele entrou para tocar baixo; elogiado pelos
barbudos por entender até mesmo o que não foi explicado. Sobre
o sítio, ideia que foi mantida desde o segundo disco (Bloco do Eu Sozinho) quando
também se “afastaram do mundo” e moraram durante dois meses em um, é tanto
quanto relevante quando seguida das diversas explicações que os Hermanos
fizeram. Quando um álbum é inteiramente feito no estúdio, todo regrado gera
stress e incontáveis motivos dos quais as músicas perdem um pouco do encanto.
No sítio eles estavam o tempo todo juntos, acordavam juntos, riam juntos... Melhor
dizendo, compartilhavam as mesmas coisas em um ambiente agradável, sem pressão,
onde todos davam palpites com total liberdade. E o resultado desse convívio diário
não foi diferente do anterior, mais uma vez conseguiram de forma impecável
tocar o público com belíssimas canções.
Na
primeira semana foram só Marcelo e Amarante para o sítio, chegavam, pegavam o
violão e ia cada um pra um canto. Com a chegada dos outros integrantes as
músicas começaram a aparecer. Ali faziam os arranjos... Muitas das vezes as
melodias e os acordes fluíam, Amarante afirma que isso vinha até mesmo antes da
letra.
E por falar em letra, as do álbum Ventura são alvo de reflexão, misturadas com as vozes de
Rodrigo Amarante e Marcelo Camelo, logo, ‘embaralhadas’ com sons incríveis,
principalmente dos metais, transformaram o álbum em mais uma referência. Em 2007 foi considerado pela revista Rolling Stone Brasil como um dos 100 melhores discos da música brasileira. Em 2012, uma votação aberta ao público o elegeu como melhor disco de todos os tempos.
Para
ver os títulos recebidos pelo Ventura é só clicar:
Alguns
detalhes são perdidos na escrita, portanto, para entender melhor sobre a
produção do disco vou deixar um vídeo que mostra boa parte de como tudo
aconteceu e dessa "doce rotina" que tiveram durante dois meses:
Muito bom o que falastes dos Los Hermanos, concordo que quem conhece eles a mais tempo sabe o real significado do amor deles pelos seus fãs e cada carinho que eles nos mostraram inúmeras vezes.
ResponderExcluirTrabalho incrível, Joyce. Parabéns!
ResponderExcluirMaravilhoso! O melhor cd deles na minha opinião e que tenho!
ResponderExcluirÓtimo post mesmo, Joyce! Só tem que corrigir a parte da "A Casa". Na verdade, ele diz "Acaso". Essa entrevista que o Ruivo, mais uma vez, só enrolou o repórter foi bem divertida. (: Bjo
ResponderExcluirObrigada! E já corrigi!
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