sábado, 23 de fevereiro de 2013

Circo Voador - 2005


Citar todas as apresentações que a banda já fez é impossível, até porque tornaria cada relato uma repetição cansativa, pra quem escreve e pra quem lê. No entanto, o Show do dia 24 de fevereiro de 2005 no festival “Rock Me” não poderia faltar. Com o Circo Voador lotado, Los Hermanos caprichou no repertório, relembrando músicas do primeiro álbum (1999) até o último (do mesmo ano, 2005). Além disso, Marcelo cantou “Santa Chuva”, que não está incluída em nenhum álbum da banda, porém faz parte do seu primeiro trabalho solo (Sou, 2008).
Disponibilizei as gravações feitas durante o Show (não necessariamente na ordem), vale muito a pena conferir. É só clicar:


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Turnê 2012




2012 foi um ano de comemorações: 15 anos de Los Hermanos (leia aqui), que teve como consequência uma turnê comemorativa. Mas por que pluralizar a comemoração de tal acontecimento? Explico. Desde 2007 Desde 2010 que os fãs da banda anseiam por uma apresentação, não só de um, mas deles, todos, juntos; Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Rodrigo Barba e Bruno Medina. Todos sabem que a primeira data (2007) que preferi não apagar, foi quando anunciaram o recesso, essa última (da qual por descuido deixei de citar) foi do ano em que reuniram-se para uma "mini-turnê" pelo Nordeste. E tocaram também no SWU em São Paulo. Houve tempo suficiente para decorar música por música e tempo de sobra para uma nostalgia sem fim. Sabe-se que a satisfação dos integrantes da banda foi tamanha, pois estiveram juntos no mesmo palco mais uma vez, relembrando clássicos de seus quatro álbuns e, além disso, tiveram a belíssima visão de uma multidão cantando, sorrindo e se emocionando ao vê-los e ouvi-los. Entretanto, a expectativa e satisfação dos que aguardavam esperançosamente uma possível união dos Hermanos, venceu a alegria dos mesmos majoritariamente. 


Quem anunciou esse evento – que de tão esperado, era também algo difícil de ser visualizado – foi um dos próprios integrantes. Então, deixo a palavra pra ele.


Em 2012...

ter, 15/11/11 por Bruno Medina


Reconheço que, faz uns bons dias, venho pensando sobre a melhor maneira de começar a redigir este post que vocês agora leem; e não era para menos, afinal a mim foi delegada a delicada missão de tornar pública uma notícia que com certeza deixará muitos queixos caídos por aí, a começar pelo meu próprio. Sim, apesar das circunstâncias me envolverem diretamente, foi com surpresa que presenciei o encadeamento de uma série de felizes coincidências, sem as quais nada do que tenho para contar a vocês teria sido possível. Bom, acho que já fiz suspense o suficiente, portanto hora de parar de encher linguiça e ir logo ao que importa. É com enorme satisfação, um certo frio na barriga e a expectativa de despertar alguns sorrisos Brasil afora que anuncio: 2012 será ano de turnê do Los Hermanos!
É bem verdade que não será, assim, uma daquelas turnês muito extensas, com meses de duração, mas ao menos uma sequência considerável de apresentações, que nos darão a chance de mais uma vez estar no palco juntos, bem como de reencontrar o público de cidades queridas que já fazem parte de nossa história, algumas das quais há muito não visitávamos. Os shows vão ocorrer entre abril e maio e coincidirão com o 15o aniversário de formação da banda. Estamos realmente muito felizes por ter conseguido viabilizar essa turnê, sobretudo no ano em que comemoramos um evento tão significativo.
Para quem ficou curioso, prometo em breve trazer notícias sobre datas e locais das apresentações, assim como dos pontos de venda dos ingressos. As novidades sairão em primeira mão aqui mesmo no blog, no meu twitter e na página oficial do Los Hermanos no Facebook. Por ora, posso adiantar apenas que em breve estaremos nas seguintes cidades:

Recife
Fortaleza
Belo Horizonte
Salvador
Brasília
São Paulo
Porto Alegre
Rio de Janeiro

 

Segue a lista das respectivas cidades e apresentações:




Além dessa postagem de divulgação, o Medina prosseguiu com muitas outras sobre o mesmo tema. Deixarei trechos de algumas e o “link” para ler cada uma delas. É só clicar:



http://g1.globo.com/platb/files/19/2012/04/11.jpg


seg, 23/04/12

“Apesar destes 15 anos de estrada, e de tantas sensações indescritíveis já experimentadas junto à banda, confesso que nada do que vivi profissionalmente poderia ter me preparado paras estes primeiros momentos de turnê. Antes de disparar os acordes iniciais de “Além do que se vê” na sexta passada em Recife, meu estado de espírito na coxia do palco não se afastava muito do que acomete uma noiva preste a entrar na igreja. Sim, eu fiquei nervoso pra cacete. Também, pudera, a responsabilidade era enorme; a ocasião, dentre outras tantas coisas, conciliaria a celebração da trajetória do Los Hermanos, a vigésima edição do Abril pro Rock (com direito a quebra de recorde de público do festival, inclusive), e, como se ainda não bastasse, o repertório mais extenso já apresentado pela banda, composto não só por músicas pouco assíduas em nossos set lists como também por duas inéditas.
O público pernambucano, como sempre, cumpriu com maestria seu papel nessa histórica noite, provando ter sido acertada a decisão de escolher o querido estado como ponto de partida para essa emblemática série de shows.”


Nessa próxima, foi quando Medina publicou em seu Blog textos e fotos enviadas por alguns fãs:



seg, 14/05/12

"Desde que escrevi o último post, fiquei me batendo com a ideia de que seria bastante interessante utilizar o blog como um espaço para agrupar e transformar os relatos sobre a turnê do Los Hermanos numa experiência menos unilateral, e, por isso mesmo, mais fiel ao que tem se dado nestes shows. Claro que muitas pessoas dividem comigo -seja através de e-mail ou a partir das redes sociais- suas histórias, impressões e sensações a respeito das apresentações que temos feito, mas, ainda assim, tratam-se de visões parciais, pouco representativas do todo.
Assim sendo, esta semana resolvi propor algo diferente; dessa vez vou deixar de lado o blá, blá, blá habitual e preservar minha já escassa coleção de adjetivos, transferindo a você a responsabilidade de dizer ao mundo como realmente foram estas noites: tomando por referência os shows do final de semana passado, em São Paulo (quinta-feira, dia 10) e em Porto Alegre (sábado, dia 12)."





 

E a última - do dia 07, quando a turnê já havia chegado ao fim – deixarei completa. Tudo que o Medina relatou foi de grande importância para os fãs, tenham esses podido comparecer aos Shows ou não. De uma forma ou de outra TODOS vibraram com a volta rápida, o reencontro dos Hermanos. Logo, a experiência vivida por um deles lá em cima do palco, vale a pena ser lida (e relida, relida...):


qui, 07/06/12


“E aí, fãs do Los Hermanos, planos já pra 2012?”, foi assim que, há mais ou menos 6 meses, tornei pública no meu perfil de Twitter a notícia de que a banda iria se reunir novamente. De lá pra cá, enquanto os queixos caídos de alguns teimavam em não voltar para o devido lugar, e outros tantos ocupavam-se de especular sobre os reais motivos deste inesperado retorno aos palcos (o meu preferido é “aluguel atrasado”), uma turma obstinada – capitaneada por Simon Fuller e Alex Werner  – trabalhava sem descanso, em vista de alcançar um feito em tanto: realizar 24 eventos de grande porte, espalhados por todas as partes do Brasil, em menos de 50 dias. A dimensão do desafio tornou-se evidente uns 2 meses depois, quando o período de venda de ingressos foi iniciado. Ali mesmo, em meados de janeiro, aproximadamente 50% dos shows tiveram sua lotação esgotada. Novas datas surgiram, sendo novas cidades adicionadas ao calendário, e os meses seguintes foram de ajustes na logística da turnê e de muitas definições: vamos finalmente lançar os discos em vinil? Como se faz isso? E reeditar camisetas da banda? Quais? Qual o melhor lugar pra se tocar nessa cidade? Mas e aquele outro, não rola? Quantos quilômetros esse hotel é distante do local do show? Aquele amplificador queimado tem jeito ainda? E quem conserta? Entrevista hoje, quem pode dar? Quantos ensaios faremos? Em que dias?
Falando assim parece fácil, mas cada uma dessas decisões implica em tantas outras, e, consequentemente, em muitos, muitos e-mails e telefonemas; e assim, ao poucos, por uma vez mais, a experiência de vivenciar o Los Hermanos foi se integrando à rotina de cada um. No dia 20 de abril, quando subimos ao palco do Abril Pro Rock, ali estavam recuperados todas as convenções, breques e acentuações que denotam intimidade e conivência, responsáveis por diferenciar uma banda de fato de um grupo de pessoas que tocam junto. Daí por diante, o que dizer? Acho que foi em uma matéria de jornal que li um sujeito referir-se negativamente ao show que havia assistido, sobretudo devido a insistência do público em cantar junto (e bem alto!) todas as músicas executadas pela banda. Amigo jornalista, ao que parece, você entendeu tudo errado. Foi ao show do Los Hermanos para ver apenas a copa das árvores, e por isso deixou de enxergar a floresta. Em cada uma das 24 apresentações que fizemos, o que havia a ser testemunhado não era uma banda se apresentando para seu público, mas seja lá o que for que se obtém da soma e da mistura desses dois elementos.
Lá de cima, do palco, somos não muito mais do que o instrumento que canaliza esse sentimento cultivado por nossas músicas – em algum momento ao longo dos últimos 15 anos – e o transforma numa experiência atemporal, sensorial e estritamente coletiva. Quem já esteve em um de nossos shows sabe bem do que falo, aos demais, restam os vídeos do Youtube. Imagino que, ao se deparar com estas palavras, o leitor menos assíduo pode ter a impressão de que estou me gabando. Não estou. Na verdade não tenho qualquer intenção de colher os louros desse feito, até porque ele não é nosso, mas sim dos fãs que conquistamos em nossa trajetória. Sem qualquer traço de demagogia, afirmo: nós fizemos as músicas, o espetáculo, quem faz são vocês. E, como gosta de dizer o Amarante, com os indicadores em riste apontados para a plateia, “é impossível se acostumar a isso”. Não tenham dúvidas de que foram vocês que, em meio a essa verdadeira maratona, surpreendentemente ainda nos colocaram nas telas das salas de exibição de 21 cidades, para nos tornarmos a primeira banda brasileira a ter um show transmitido ao vivo, via satélite, para os cinemas.
No próximo sábado, como muitos devem saber, essa série de shows terá chegado ao fim. Quando os últimos acordes de “Pierrot” soarem no Festival de Alegre, teremos nos apresentado para um público superior a 200 mil pessoas nesta turnê, e isso não é pouca gente. A todos vocês, e aqui falo em nome da banda, nossos mais sinceros agradecimentos. Foram muitas as histórias que chegaram até nós, de gente que varou noites na internet para conseguir ingressos, que cruzou enormes distâncias de busão ou de carona, que se apertou de grana, que brigou com a família e até largou o emprego, apenas para nos acompanhar. Mais uma vez, obrigado por tamanha prova de afeto. Uma menção especial também ao Leonardo Filippo, que esteve com a barriga colada na grade e o entusiasmo inalterado em todos os shows que fizemos, sem exceção, apesar do cansaço e do insano cronograma de voos a que se submeteu. Obrigado, claro, as 34 pessoas que formaram nossa equipe, estas mesmas que fizeram do impossível possível para que esses shows acontecessem da maneira que foram. Tenham certeza de que todos vocês foram responsáveis por propiciar a estes quatro velhos amigos de guerra momentos maravilhosos e inesquecíveis, além de algumas boas histórias a mais para dividir com os netos algum dia.
Se me permitem o sacrilégio da automenção, gostaria de terminar esse post reproduzindo um trecho da entrevista que os leitores deste blog fizeram comigo, pouco antes da turnê começar, e que sintetiza o que vou levar destes 15 anos que se passaram até agora:
“Penso que a banda é como uma casa de praia: por mais que você tenha escolhido outro lugar para morar e ainda que você só passe ali alguns dias por ano, trata-se do lugar em que você vai viver os momentos mais felizes da sua vida. Exatamente porque ali é seu refúgio, e não a sua rotina”.
Que seja sempre assim, Rodrigo, Marcelo e Barba. Até as próximas férias, estarei por aqui, escrevendo e sonhando com um tempo perto do mar."
 

  
E assim mais um aniversário foi comemorado, de forma memorável e curiosa, onde os mais presenteados não foram os aniversariantes e sim os seus fiéis seguidores hermaníacos.